FRANCISCO XAVIER PEREIRA DE BRITO
DEPUTADO PROVÍNCIAL
DO RIO GRANDE DO NORTE
# Francisco Xavier Pereira de Brito - 1º Secretário - Sexta
Mesa da Assembleia Legislativa - Período de 1856 (Período Imperial – 1835-1889)
Deputado Estadual - 1º Secretário - Sexta Mesa da Assembleia Legislativa -
Período de 1858
# Francisco Xavier
Pereira de Brito - 1º Secretário - Sexta Mesa da Assembleia Legislativa -
Período de 1857 (Período Imperial – 1835-1889)
# Francisco Xavier Pereira de Brito - 1º Secretário - Sexta
Mesa da Assembleia Legislativa - Período de 1860 (Período Imperial – 1835-1889)
# Francisco Xavier Pereira de Brito - 1º Secretário - Sexta
Mesa da Assembleia Legislativa - Período de 1863 (Período Imperial – 1835-1889)
# Francisco Xavier Pereira de Brito - Vice-Presidente - Sexta
Mesa da Assembleia Legislativa – Período: Em março de 1859 (Período Imperial –
1835-1889)
Nesta data, 4 de março de 1859, deu entrada nos trabalhos da
Assembléia Legislativa Provincial uma petição pela qual, os moradores de Jardim
de Piranhas solicitavam a criação de uma Freguesia para aquela povoação. Por
requerimento do deputado Francisco Xavier Pereira de Brito, esse documento foi
encaminhado às Comissões de Estatística, Negócios Eclesiásticos e de Justiça.
E, embora tenha tido parecer favorável daquelas Comissões foi inexplicavelmente
arquivado.
por Luís da Câmara Cascudo
O doutor Francisco Xavier Pereira de Brito foi uma das
pessoas mais conhecidas e relacionadas em Natal, no velho Natal de outrora.
Sabia pelo nome e vida todos os moradores. Grande advogado, ganhando dinheiro,
dava de esmola ou gastava em festas os rendimentos. Sua mesa era afamada e
ninguém, como o doutor Brito, tinha o segredo de engordar peru e dar gosto à
buchada de carneiro cevado, saboreada aos domingos, à fresca, com aguardente
destilada em alambique de barro, aguardente de Papari, límpida e sedutora que
fazia o Visconde de Mauá escrever pedindo três dúzias de uma só vez
Tinha o hábito fidalgo de agasalhar e receber hóspedes. Quem
vinha para Natal trazia, do Rio Grande do Sul ou do Amazonas, uma carta de
apresentação para o doutor Brito. Só assim a vida seria relativamente fácil e
serena
Era pernambucano, bacharel em 1837. Nascera em 1818. Chegou a
Natal em 1840. Aqui ficou, casou, viveu e morreu, a 3 de novembro de 1880.
Foi seis vezes Chefe de Policia. Diretor da Instrução
Pública, 1870-72. Deputado Provincial em 1848-49 não compareceu, sendo
substituído pelo suplente Manoel Gabriel de Carvalho na primeira sessão
legislativa, 1848. Reeleito, trabalhou em 1850-51. Em 1856, suplente, assumiu.
Era o Ano da Cólera e a Assembléia funcionou apenas com quatorze deputados,
oito deputados e seis suplentes. Pelo primeiro Distrito voltou em 1858-59,
60-61, 62-63 e 68-69.
Devemos ao doutor Brito haver descoberto a Praia da Redinha
como ambiente de repouso no verão, tornando-o festivo, procurado, atraedor. Lá
mandara construir casa confortável, ensombrada de latadas, amplas, cobertas de
palha, e contratava músicos, convidando a gente mais ilustre da terra.
João Carlos Wanderley, num discurso famoso depois de almoço
dominical, proclamou, em nome dos presentes, o doutor Brito “Barão da Redinha”.
O título pegou.
O doutor Brito recebia cartas e telegramas com esse
honorificência e todos estavam convencidos da veracidade do titular. Os presidentes
da Província ficavam convivas habituais da Redinha e a praia valorizou-se para
sempre
Quando ele faleceu, o enterro foi um dos mais concorridos.
Muitos amigos nunca mais voltaram à Redinha. Mas a praia estava consagrada
embora os veranistas tenham esquecido o nome de quem primeiro a elegeu e elevou
aos olhos oficiais da sociedade natalense.
E esse Barão da Redinha, nobre pela tradição e aclamação
popular, merecedor de uma recordação e mesmo de uma saudade.
Fonte: CÃMARA CASCUDO, Luís da. Uma História da Assembléia
Legislativa do Rio Grande do Norte. Natal-RN, Fundação José Augusto, 1972.
(págs. 355-356)
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